Tu já percebeste que adoramos um bom duelo. Apple vs Microsoft. Ford vs Ferrari. Coca-Cola vs Pepsi. São rivalidades que nos fazem vibrar, que nos prendem ao ecrã. Mas agora, em 2025, está a emergir um confronto que vai muito além de ações de mercado, este é o duelo pelo controlo da Inteligência Artificial e os protagonistas são dois: Elon Musk e Sam Altman. E acredita, tu vais querer saber tudo sobre isto, porque não é apenas mais um duelo a nível profissional e pessoal, é um duelo épico que está a moldar o futuro em que todos vamos viver.
Enquanto divulgadora de IA, para além de informar sobre as novidades da IA, divulgo e ajudo outros a compreender como esta tecnologia nos vai mudar a vida a todos.
E posso dizer-te que este confronto tem tudo. Drama, traição, ambição e até a Casa Branca como palco. Sim, o Donald Trump, presidente atual dos Estados Unidos, pode acabar por ser o árbitro que escolhe o vencedor. Queres saber quem vai sair por cima?
Então, acompanha-me nesta viagem. Vou contar-te tudo.
O Início de uma Amizade Improvável
Vamos recuar no tempo. Há uns anos, dois génios improváveis cruzaram-se num caminho que parecia destinado a mudar o mundo. Elon Musk, o visionário excêntrico que todos comparam a Tony Stark, e Sam Altman, um jovem prodígio de Silicon Valley, com um talento nato para obter financiamento e estabelecer conexões. Eles sentavam-se à mesa todas as quartas-feiras para partilhar uma obsessão: imaginar cenários apocalípticos relacionados com a IA. Imagina que conversas!
Nesses encontros, nasceu uma preocupação real que era a IA poder cair nas mãos de uma única empresa. E essa empresa, na opinião deles, era o Google, um gigante em quem não confiavam. Foi aí que, em 2015, decidiram agir. Criaram a OpenAI, uma organização sem fins lucrativos, com uma missão clara e nobre, desenvolver a IA para o benefício da humanidade. O nome Open não era por acaso, a ideia era partilhar as descobertas com o mundo num esquema open source. E atenção, recorda isto, sem fins lucrativos.
O Elon investiu os primeiros 40 milhões de dólares do seu próprio bolso, recrutou engenheiros de topo e pagou todas as contas enquanto a OpenAI dava os primeiros passos. Era um plano perfeito. Ou assim parecia.
A Reviravolta: De Aliados a Rivais
Avança comigo até 2017. Eu estava a acompanhar de perto e percebi que algo estava a mudar. A OpenAI precisava de mais dinheiro, muito mais, para continuar na corrida pela IA.
A guerra pelo talento estava ao rubro, os salários dos melhores investigadores e programadores disparavam e era preciso comprar GPUs NVIDIA em enormes quantidades para treinar os modelos de IA.
Elon pressionou os outros fundadores, dizendo que a OpenAI não tinha hipóteses contra o Google sem investimentos massivos. Só que havia um senão, ele só punha o dinheiro se lhe dessem o controlo total.
Formou-se um choque de egos. E após várias reuniões, Sam Altman conseguiu, com mestria, virar os outros fundadores como Greg Brockman e Ilya Sutskever, entre outros, contra o Elon.
Em fevereiro de 2018, Elon Musk abandonou o projeto. Eu senti o impacto daquela saída. A OpenAI continuou como organização sem fins lucrativos, mas a paz era tensa.
Até que, em março de 2019, tudo mudou. Sam Altman anunciou a criação de uma sociedade comercial, a OpenAI Incorporated, ligada à fundação. Meses depois, a Microsoft investiu mil milhões de dólares na OpenAI. E eu percebi logo que o sonho original estava a desmoronar-se. E o Elon? Ele também viu isso e não gostou nada.
O Ponto de Rutura: ChatGPT e a Traição
Vamos até novembro de 2022. A OpenAI lançou um “projeto de investigação de baixo perfil” chamado ChatGPT. Eu acompanhei aquele momento e, acredita, ninguém esperava o que veio a seguir. Em poucos meses, o ChatGPT tornou-se a primeira IA de alcance mundial, um fenómeno que cativou a imaginação de milhões, incluindo a tua, aposto.
A Microsoft, ao sentir o cheiro do sucesso, aumentou o investimento para treze mil milhões. A OpenAI que o Elon ajudara a fundar era agora algo diferente, longe da visão altruísta que partilharam.
O contra-ataque dele foi rápido. Em fevereiro de 2023, intentou uma ação judicial contra a OpenAI e Altman, acusando-os de transformar um laboratório de investigação numa máquina de fazer dinheiro.
Semanas depois, em março, criou a xAI para desenvolver o seu próprio modelo de IA, o Grok, que atualmente está na sua terceira versão. Elon investiu mais de 6 mil milhões de dólares e construiu uma impressionante infraestrutura computacional, alimentada pelo maior supercomputador do mundo.
Todavia, apesar dos seus esforços, o ChatGPT continua a dominar o mercado como a marca da IA. Mas eu sei que o Elon não vai ficar quieto.
A Entrada da Política: Trump Entra em Cena
A vitória de Donald Trump nas eleições americanas de 2024 introduziu uma nova dimensão nesta rivalidade.
O envolvimento de Elon, tanto financeiramente na campanha de Trump (gastou quase 300 milhões de dólares) como estrategicamente, foi decisivo para a vitória republicana.
Elon, literalmente, não se afastava de Trump. Dormia no chão do seu escritório no edifício Eisenhower, determinado a influenciar cada decisão do novo governo. Elon queria garantir que o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) saísse do papel.
Mas o Sam, um democrata assumido, também jogou as suas cartas. Em dezembro de 2024, ele aproximou-se do círculo de Trump, aliou-se à Anduril (uma startup de defesa) e tentou trazer o Donald Trump Jr. como investidor.
No dia antes da posse, o Sam telefonou ao Trump e apresentou o Stargate. Ele tinha o apoio de Masayoshi Son, do SoftBank, e de Larry Ellison, da Oracle, um ex-mentor do Elon que agora o traía. O Sam escondeu tudo do Musk.
Durante a transição, ele reuniu-se com um responsável da equipa de Trump e plantou a semente, um projeto de 100 mil milhões, que depois inflacionou para 500 mil milhões, só para impressionar o presidente. Eu via o Trump a morder o isco, sedento por um grande anúncio.
A Escalada: Stargate e a Casa Branca
Agora, segura-te, porque em 2025 as coisas ficaram loucas.
No dia 21 de janeiro de 2025, um dia depois da tomada de posse de Donald Trump. Eu estava a ver a televisão quando o Altman, o Son e o Ellison apareceram ao lado do presidente dos Estados Unidos, a anunciar o Stargate, um projeto de 500 mil milhões de dólares em infraestrutura de IA.
Para te dar contexto: isto é 16 vezes mais do que custou o projeto Manhattan (que desenvolveu a bomba atómica) e quase o triplo do programa Apollo que levou o Homem à Lua. Eu fiquei boquiaberta.
A resposta do Elon, o aliado de Trump, no X, foi imediata, acusou o projeto de ser uma farsa, pois só 10 mil milhões estavam realmente disponíveis para o investimento. O Sam respondeu com um convite sarcástico para visitar as instalações da Oracle, que o Elon conhecia bem.
Com uma história assim, quem é que precisa de Netflix?
O Jogo Jurídico e a Oferta Hostil
Vamos ao lado técnico, porque tu mereces entender tudo. A OpenAI é uma organização sem fins lucrativos, mas tem uma sociedade comercial associada. A fundação devia usar os lucros da empresa para fins altruístas, mas a parte sem fins lucrativos praticamente desapareceu. Se a OpenAI quer mais financiamento, terá de separar as duas entidades e compensar a fundação. Por quanto? É aí que o Elon entra.
Em fevereiro de 2025, Elon fez uma oferta hostil para comprar a OpenAI por 97,4 mil milhões de dólares.
A estratégia por detrás desta oferta, não era realmente adquirir a OpenAI, mas fixar o valor dos ativos e acusar o Sam de os infravalorar. Uma jogada genial.
O Sam respondeu no X de forma curta: “Obrigado, mas não. Mas, se quiseres, compramos o Twitter por 9,74 milhões“, uma décima parte da oferta do Elon e bem menos do que ele pagou pelo Twitter em 2022.
O Que Está Realmente em Jogo?
Tu preguntas-te o que significa isto para ti?
E a resposta é Tudo.
Atualmente, o desempenho do Grok 3, criado pela xAI, supera o ChatGPT em muitos aspetos, mas a OpenAI domina o mercado da IA generativa.
No entanto, o cenário está longe de estar definido. Nos próximos meses, antecipo mais jogadas de ambos os lados. O Stargate pode mudar o jogo ou a oferta hostil de Elon pode travá-lo. E a possível separação entre a OpenAI e a Microsoft, que parece estar a caminho, pode redefinir completamente o tabuleiro do jogo.
Este duelo não é só sobre dinheiro ou egos. É sobre quem controla a Inteligência Artificial!
Será open source, transparente e segura, como o Elon queria? Ou será movida pelo lucro e alianças políticas, como o Sam parece apostar?
A resposta a estas perguntas definirá o mundo em que viveremos e, possivelmente, o nosso destino.
Por isso, eu continuarei a acompanhar diariamente os desenvolvimentos desta história e a documentar cada movimento, cada reviravolta e cada implicação deste duelo para ti.
Tu Escolhes o Teu Lado
Então, o que pensas? És Team Elon ou Team Sam? Ou talvez Team Ninguém? Ou acreditas que há um terceiro caminho para o desenvolvimento da IA que transcenda esta rivalidade?
Eu vivi esta história de perto e posso-te garantir uma coisa, o resultado deste duelo vai determinar o futuro do mundo. Diz-me nos comentários quem achas que vai ganhar este duelo pelo domínio da IA?